quarta-feira, 4 de maio de 2011

DEPENDENTES DO CRACK

Faço retransmissão deste arquivo que recebi do Sr. Presidente da CT "CRIC", Pe Eduardo, pois julgo ser de relevante esclarecimento a todos que lutamos contra este mal e a favor da vida dos dependentes do mesmo.
Salve Maria!
Tio Élio.

DEPENDENTES DE CRACK

O CRACK é um entorpecente devastador do organismo, da mente e das funções sociais dos indivíduos que ousaram experimentá-lo. Em muito pouco tempo, o usuário tem seus órgãos, pensamentos e emoções prejudicialmente alterados.
Tais alterações perturbam sobremaneira o comportamento levando o dependente a enfrentar a polícia ou traficantes inconsequentemente e a roubar e, até mesmo, matar pessoas, sejam elas desconhecidas ou não.
Diante desta problemática, surge o debate acerca do tratamento adequado param os usuários de CRACK. Segundo orientação da política antimanicomial preconizada pelo Ministério da Saúde, a internação é considerada a última alternativa, que só é recomenda se o paciente não responder adequadamente a nem uma outra alternativa de tratamento.
No entanto, para usiários de CRACK, a alternativa mais responsável, apontada por anos de experiência no tratamento da dependência química é a internação. Organicamente, o CRACK prejudica o lobo frontal, área do cérebro que controla o comportamento, afeta o sistema de recompensa neural, forçando o indivíduo a busca-lo continuamente. Portanto, decorre do uso, fatores biológicos a partir dos quais, o usuário, perde o controle sobre a sua vontade.
Sendo assim, a internação se faz necessária por quatro razões:
1. - Desintoxicação após 90 dias;
2. - O enfraquecimento dos sintomas da sindrome de abstinência após 180 dias;
3. - Aprendizado de estratégias de enfrentamento das situações de risco após 270 dias;
4. - Elaboração dos conteúdos psicológicos necessários ao reestabelecimento das suas funções comportamentais, propiciando maior qualidade de vida quando no retorno ao convívio social após 360 dias.
A modalidade de tratamento por internação não se trata, em hipótese alguma, de violação da liberdade individual, mas de responsabilidade sobre uma pessoa que já não tem posse das faculdades executivas de seu comportamento, na medida em que o cérebro desta encontra-se eminentemente perturbado pelas propriedades farmacológicas de uma das substâncias psicoativas mais prazerosas e devastadoras que a humanidade já produziu. Tornando o tratamento por internação imprescindível para todos os usuários de CRACK.
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Pe. Eduardo Delazeri