terça-feira, 28 de junho de 2011

Presidenta Dilma reconhece as Comunidades Terapêuticas...

Na última semana estiveram em Brasilia, juntamente com o Prefeito de Cachoeirinha, numa audiencia com nossa presidenta, entre outros, um diretor da FEBRACT e desta audiência entre tantos assuntos pertinentes a recuperação dos dependentes quimicos, retransmito a notícia do Boletim Eletrônico 159 da ABEAD - Associação Brasileira de Estudo de Alcool e Drogas

Do Boletim Eletrônico nº 159 – ABEAD – 27/jun/2011



A REALIDADE DAS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS

Na última semana, a presidente Dilma Rousseff anunciou em uma reunião com representantes das comunidades terapêuticas que o governo financiará o tratamento de dependentes químicos nessas instituições. A presidente também criou um grupo de trabalho para revisar a resolução da Anvisa que estabelece normas mínimas para funcionamento das comunidades terapêuticas. Com o tema em foco, a Abead acredita que a valorização deste modelo clínico, através da fiscalização e apoio à adequação técnica é interessante para contribuir com o enfrentamento da brutal desassistência de parte do Estado na atenção ao dependente químico.

Porém, vale lembrar que tal apoio não isenta o Estado de cumprir o que reza a Constituição: garantir atenção médica a todo cidadão. A internação no regime de comunidade terapêutica por longos períodos não é recurso de indexação universal, tanto porque há dependentes químicos que demandam desintoxicação e atenção de curto prazo como também existem os que necessitam de abordagens protegidas e motivacionais, em regime inicial involuntário, o que não pode ser oferecido em comunidade terapêutica, dentro da qual a anuência do paciente é essencial desde o início. Cabe sublinhar que a estratégia clínica utilizada nessas instituições não é sinônimo de internação em longo prazo, mas sim, um método que propõe ao paciente participação ativa na organização e manutenção do ambiente clínico, e também, com relação aos procedimentos terapêuticos em colaboração coletiva. Esse modelo teve grande difusão nos anos 60 e 70 e logo chegou ao Brasil organizando o tratamento até mesmo em unidades de hospitais psiquiátricos ou de clínicas especializadas, como a Pinel de Porto Alegre, que por mais de uma década empregou plenamente tal modelo para atenção a todos os pacientes, independentemente de diagnóstico ou tempo de estada.
Carlos Salgado

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