segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A figueira amaldiçoada




Nas sextas-feiras tinhamos reunião de Grupo de Oração na Fazenda do Senhor Jesus, em caráter não obrigatório. Filhos de Deus era o nome do nosso grupo. Num daqueles encontros me recordo de haver poucos internos, por isso organizamos o grupo ao redor de uma mesa. O local era um galpão adaptado como sala de reunião, com duas portas,uma entrada e uma nos fundos. Preparamos o local, acendemos uma vela e entronizamos uma imagem de Nossa Senhora.
Depois de cantar os louvores, iniciei uma oração de cura e libertação. Durante a oração fizemos um momento de renúncia, aquela em que renunciamos a Satanás e reconhecemos a Jesus como único Senhor e Salvador de nossas vidas.
De repente, enquanto orávamos uma das portas se abriu abruptamente, um vento forte entrou, as luzes se apagaram, exceto a vela de Nossa Senhora. Na sala estavam alguns instrumentos e materiais do Ministério de música. A bateria foi erguida subitamente, e lançada contra a parede. As cadeiras que não estavam sendo usadas se ergueram do chão foram arremessadas também na parede do salão. A rajada de vento entrou pela porta da frente e saiu pela porta dos fundos na direção do bosque que lá existe. Pois bem, naquele bosque havia uma figueira centenária no caminho do vento. O medo se apoderou de todos e rezamos o Magnificat até que tudo se acalmou.
Passado esse imprevisto, movido pelo Espírito, eu disse ao grupo que não se aproximassem daquela figueira porque um espírito impuro havia se dirigido pra lá. Instantes depois, a energia elétrica retornou. Para discernir o que tinha ocorrido pedi aos participantes que partilhassem aquilo que haviam renunciado.
Então, um dos jovens presentes testemunhou que havia sido consagrado num batismo de sangue. A mãe dele consagrou a família, num terreiro de macumba, a Exu uma das divindades africanas. Durante o momento da oração o jovem renunciou àquela consagração, aceitando Jesus como seu único Senhor Salvador e libertador.
Exatamente uma semana depois, na sexta-feira seguinte, recebi um telefonema da fazenda, dizendo que a figueira tinha sido explodida por um raio fulminante, restando apenas alguns pedaços do tronco.
Quanto ao jovem, prosseguiu e terminou seu tratamento de recuperação.

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